Nesta terça-feira (16), a senadora Margareth Buzetti (PSD-MT) expressou sua preocupação com o aumento da criminalidade no Brasil em um pronunciamento no Senado, sobretudo com relação aos casos de feminicídio. Ela destacou que o Estado é o terceiro que mais registra casos e defende punição aos criminosos.
Durante seu discurso, Buzetti destacou que essa estatística reflete um sentimento de impotência que afeta o país.
“O feminicídio é um crime silencioso que acontece dentro de casa, que talvez se as mães e pais educassem diferentes seus filhos meninos, para respeitar uma menina, para respeitar uma mulher, talvez nós tivéssemos uma redução, mas hoje não tem o que fazer. A nossa polícia do Mato Grosso é a segunda ou terceira mais bem paga, superequipada, mas nós somos o terceiro estado em feminicídio, então eu penso que a punição seja a educação para essa pessoa que não respeita a mulher”.
Ela enfatizou a gravidade da situação, mencionando o controle exercido pelas facções criminosas nos presídios e a normalização de situações violentas nas periferias.
A senadora ainda citou dados de uma pesquisa da Quaest que revelam um aumento na sensação de insegurança entre os brasileiros, de 12% para 21%, entre abril do ano passado e julho de 2024.
Ela criticou a falta de prioridade dada à segurança pública no Brasil e ressaltou seu compromisso pessoal com o combate ao crime através de seus projetos legislativos. Mais da metade dos projetos de Buzetti têm como foco o combate ao crime organizado e crimes como o feminicídio.
A senadora também elogiou os esforços do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, para incluir o Sistema Único de Segurança Pública na Constituição e defendeu uma maior cooperação entre as diversas forças policiais para enfrentar as facções criminosas.
Buzetti propôs medidas ousadas no combate à impunidade, como acabar com o regime semiaberto, manter líderes de facções presos em regime fechado até cumprir 75% da pena e aumentar o tempo de internação para menores envolvidos em crimes graves ligados a facções. Ela argumentou que tais iniciativas são necessárias para que o Estado recupere a capacidade de impor a lei e combater eficazmente o crime.
Fonte: MTPlay