A senadora Margareth Buzetti (PSD) criticou o posicionamento do governo federal, que optou por avançar com o processo de licitação do Parque Nacional de Chapada dos Guimarães (a 65 km de Cuiabá). Contrária à privatização do equipamento, a senadora lamentou que os turistas passarão a pagar pela visitação. O valor ventilado é entre R$ 25, chegando até R$ 100 por pessoa. Buzetti também garantiu que irá cobrar a empresa que vencer processo.
Durante o ano legislativo de 2023, a senadora atuou no plenário para que o projeto de lei 3649/2023, que obteve parecer favorável da Comissão de Meio Ambiente a aguardava votação. Mesmo após ser validado pelo grupo de trabalho, senadores do centrão questionaram a viabilidade da matéria e protocolaram um documento. Com o recesso, a discussão foi interrompida. Mas após o governo de Mato Grosso sinalizar que não iria mais entrar em divididas com o Instituto Chico Mendes de Conservação e Biodiversidade (ICMBio), desistindo de concorrer ao leilão, Buzetti explicou que a proposição “perde o objeto”.
“Agora, perdeu o objeto o projeto da estadualização. Então, não tem mais o porquê. Já houve uma licitação e tem uma empresa da iniciativa privada o que vai gerir o parque”, falou Margareth Buzetti à imprensa nesta terça-feira (30), no Palácio Paiaguás.
Um dos pontos que mais penalizará os mato-grossenses, conforme ela, é a necessidade da compra de bilhete e o fato de o valor obrigatório de investimento pela iniciativa privada ser menor do que o sugerido pelo governo de Mato Grosso. O governador Mauro Mendes estaria disposto destinar R$ 200 milhões ao longo dos próximos três anos ao parque. Buzetti prometeu cobrar a empresa vencedora por melhorias.
“Lamentável pelo que vão cobrar e pelo valor que é investido. O Parque de Chapada é para os mato-grossenses. Não poderia ser feito o que está sendo feito, você cobrar, nem que seja R$ 25. Para uma família de cinco são mais de R$ 100. Você acha que eles irão no parque? Não é possível. Lamento muito pelos mato-grossenses e Chapada dos Guimarães. Tudo parou agora, mas vamos cobrar a empresa”, finalizou a senadora.
Fonte: hnt.com.br
