A senadora Margareth Buzetti (PSD) afirmou ter recebido com surpresa a informação de que haveria um acordo de “rodízio” com o 2º suplente, José Lacerda (PSD), para que ele assuma a cadeira no Senado Federal agora em 2023. Segundo ela, houve sim o entendimento para que Lacerda pudesse assumir o cargo por quatro meses, mas em nenhum momento foi definido quando isso aconteceria.
“A ideia de um rodizio, como vem sendo divulgado, não existe nem no regimento interno do Senado. O que pode acontecer é que Lacerda, como segundo suplente, assuma a cadeira quando eu estiver de licença – que é de até 120 dias. Foi isso que conversamos, e não terei problema algum em cumprir. Não estou quebrando acordo algum”, disse.
De acordo com a parlamentar, o único acordo feito, e amplamente divulgado pelo imprensa, foi o pedido para que ela trocasse o Progressistas pelo PSD, para que Fávaro fosse nomeado como ministro da Agricultura.
“Este eu fiz e estou cumprindo. Tenho uma excelente relação com o presidente do partido, Gilberto Kassabi, assim como com o líder do partido no Senado, senador Otto Alencar. Obviamente voto de acordo com as minhas convicções, mas na maioria das pautas tenho votado alinhada com o PSD”, afirma.
Buzetti está no mandato desde que o senador Carlos Fávaro foi nomeado ministro da Agricultura, em janeiro. De lá para cá, já apresentou nove projetos de lei, todos tramitando no Congresso, é relatora de mais uma dezena de projetos, e tem inclusive uma lei, relatada por ela, já em vigor –o auxílio-aluguel para mulheres vítimas de violência doméstica.
A tese de acordo para um “rodízio” entre o primeiro e o segundo suplente esbarra também no Regimento Interno do Senado Federal. Dentro das regras da Casa, na hipótese de um senador pedir licença para tratar de assuntos particulares, o prazo máximo seria de 120 dias.
“Uma licença de seis meses, como tem sido falado na imprensa, seria um de afastamento por questão de saúde, o que graças à Deus não é meu caso”, explica Margareth.